Artista bebe da MPB ao eletrônico
Foto: Lucas Vogt |
O processo
criativo de Eduardo Arantes se assemelha a uma colcha de retalhos. A mescla de
elementos eletrônicos e a MPB é algo que, de cara, chama a atenção em “Sintonia Imperfeita”, novo álbum do cantor, compositor e violonista paulista.
Ele se
sentiu motivado a estudar mais os beats que
vem desenvolvendo na produção de suas músicas porque, ultimamente, tem escutado
bastante Lo-Fi (saiba mais sobre esse estilo musical aqui).
Arantes acrescenta isso aos elementos que já vinha trabalhando em suas composições no momento. E o fato de estar sempre de ouvidos atentos à sonoridade do Clube da Esquina, da turma da Tropicália e, principalmente, de Jorge Ben Jor - “talvez a maior referência” - fez com que a MPB entrasse de maneira orgânica nesse processo. “Os graus de entendimento de espiritualidade e musicalidade atingidas em ‘A Tábua de Esmeralda’ mudaram a minha vida artística” - destaca.
Imagem: musicontherun |
Obstáculos e oportunidades
Questionado sobre a percepção que tem acerca de quem, como ele, propõe-se a
fazer um trabalho autoral no Brasil, Eduardo Arantes avalia que a produção
musical “ficou mais acessível, técnica e tecnologicamente”. Para ele, a Internet
trouxe muita informação e os equipamentos ficaram mais baratos. No entanto, o
músico pondera que “também ficou mais difícil se destacar e conseguir um espaço
interessante”:
“Penso que se inserir em um meio com outros
artistas, uma faculdade ou conservatório, por exemplo, ajude a acelerar o
processo de inserção no mercado. Então, acredito, sim, que a cena existe e está
mais democrática”.
Perfeita imperfeição
Evocada no título do álbum, a “imperfeição” de “Sintonia Perfeita” se deve ao fato de Eduardo estar sempre querendo melhorar, no sentido de trazer um resultado mais surpreendente sobre o seu trabalho. Na verdade, ele se refere “ao destaque das coisas como elas são: não sendo perfeitas e ao mesmo tempo equilibradas dessa forma”.
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