quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Claos Mózi & Alcachofra debutam com álbum “A minha vez, a vez de nós”

 Primeiro disco do músico conta com a participação de Júlia Vargas, Daíra e João Donato


Disco "A minha vez, a vez de nós". Imagem: Divulgação

O processo criativo e, principalmente, coletivo de gravação do novo álbum do compositor, cantor e poeta mineiro Claos Mózi (ex-Giras Gerais), “A minha vez, a vez de nós” (Spotify), faz jus ao nome. Aglutinador de ideias e talentos, Claos acredita no legado do seu primeiro trabalho autoral - totalmente concebido, nos mínimos detalhes, por ele, que uniu suas composições de 2018 e 2019 ao talento de diferentes músicos e compositores. Dentre eles, nomes como o consagrado bossa-novista João Donato, que gravou “Mó do Amor” e "Todo Leve"

 

João Donato. Foto: FOTO EKATERINA BASHKIROVA/DIVULGAÇÃO


“Conheci o João Donato no show dele, no Teatro Baden Powel, em Copacabana, a convite da Ivone Belém (esposa de Donato e gestora do teatro). Quando toquei com o Giras Gerais no Baden, em 2017, conheci a Ivone, que teve contato com o meu trabalho e gostou. Gravamos duas músicas na casa do João. “Mó do Amor” tem a presença dele e coroa todo esse processo” – conta Claos.


Claos Mózi. Foto: Neltur

Naqueles anos pré-pandêmicos de 2018 e 2019, já havia um contexto de resistência ao fascismo “democrático” brasileiro – o que pode ser notado no samba “A Vez do Morro” e em “Transgressão”, que denuncia a hipocrisia do moralismo religioso no país. Recheado de canções inéditas, a concepção do álbum contou com o empurrãozinho do guitarrista e incentivador da união Claos Mozi & Alcachofra, Augusto Feres – que, junto a Yuri Shuller, foi uma das figuras fundamentais na produção e mixagem.

Augusto Feres. Foto: Facebook. 

“O processo criativo com o Claos foi muito fluido. Rolou uma química foda entre todo mundo, desde o primeiro ensaio. Queríamos chegar numa sonoridade objetiva, com poucos elementos; ter a coisa pesada e noize. Mas o tempero regional é também o forte desse trabalho” – ressalta Feres.

Elenco de peso

O disco também contou com a participação da cantora Daíra; do acordeonista e pianista João Bittencourt; do cantor, violonista e compositor Mario Broder – cria do Farofa Carioca, ele substituiu Seu Jorge na banda – e do cavaquinista e compositor Valmir Ribeiro – que é da formação original do Farofa. Broder canta e Valmir toca cavaquinho, em duas músicas: “A Vez do Morro” e “Junta e Sai”.   

Em “Tambaquis”, participam a cantora Júlia Vargas e o violinista e cineasta Josafá Veloso - com quem Claos compôs a música -, ao violino. 

 

Júlia Vargas. Foto: Rário Graviola


No tango “Incêndios”, Mózi iniciou a poesia e depois a enviou para o compositor André Vargas dar continuidade. O cantor, compositor e violonista Ivo Vargas e o compositor Nicolas de Franchesco enviaram algumas sugestões de melodia e Claos a terminou, colocando a harmonia na canção, que também contou com a colaboração do cantor e compositor Paulo Beto.    

 


 

“A base disso tudo foi a banda Alcachofra. O Feres me apresentou esse trio, do qual ele já vem participando. Fizemos alguns shows e ficamos no ímpeto de fazer o álbum juntos, com o trio. Gosto de trabalhar coletivamente, de embarcar todo mundo com quem costumo trabalhar. À época, cantávamos canções minhas, que a Júlia havia gravado. As músicas são bem heterogêneas. A ideia foi colocar tudo o que estava pensando no momento. Eu tinha de fazer algo” – destaca Claos.

domingo, 19 de dezembro de 2021

“Quarto Mundo” relata universos particulares de Tacy

Novo trabalho da artista é recheado de baladas para ouvir a dois
Imagem: Divulgação

Como muitos músicos brasileiros – e mundo afora -, Tacy viveu a pandemia em seus diferentes momentos. Entre as restrições impostas pela covid, ela encontrou brechas para gravar, realizar algumas apresentações ao vivo e, principalmente, compor. 



 Retratando um dia-a-dia comum a todos nós, as músicas de “Quarto Mundo” transbordam a leveza de uma poética à flor da pele e para lá de intimista. Do banho, “para relaxar”, a um gole de café, e, claro, aquele tempinho precioso para dedilhar um violão e “falar de você”, “Confissão” resume a essência de “Quarto Mundo”, música que dá nome ao álbum e conta um pouco da história de Tacy e sua companheira, a produtora artística do disco Chrisce de Almeida (foto). 




Imagem: Instagram da Tacy




“Quando eu e a Chrisce nos casamos, fomos morar num quarto, em São Paulo, carinhosamente apelidado de “quarto mundo”. A letra da música foi inspirada naquela época boa, do início de tudo, e tem muito a ver com esse momento isolado da gente, em que vivemos o quarto como se fosse todo nosso próprio mundo particular” – compara Tacy.



 

Gravado em meados de 2021, o disco foi inteiramente feito com uma equipe minimalista, que gravou, a princípio, apenas duas músicas; mas tudo fluiu tão bem, que surgiu a ideia de fazer um disco inteiro, aos poucos, no ritmo da reabertura das atividades presenciais. 




O multi-instrumentista e produtor do álbum, Daniel Oliveira (foto), que gravou violões, baixo, cavaco, violino, bateria e cajon, destaca que Tacy é uma compositora muito ativa, que tem um trabalho sensível, delicado, com grande pegada de voz e violão. Das músicas que ela já havia gravado, Daniel remixou algumas, regravou outras e deixou tudo com a cara da artista.


 
Imagem: Instagram do Daniel




“Foi muito legal passar esse tempo todo com ela, nessa jornada, no dia-a-dia, vendo-a compor e encontrar soluções, ao vivo, durante centenas de horas, encontrando os caminhos para o disco” – conta Daniel. 




 Além de Tacy e Daniel, o disco contou também com a participação de Cesinha, que fez a bateria de "Confissão" e "Esfinge". 



 Distribuído pela Tratore, “Quarto Mundo” foi gravado nos estúdios Quebra-Cabeça, Menol e na casa de Cesinha e Lia Sabugosa. 



O primeiro álbum autoral de Tacy foi “O Manifesto da Canção”, gravado em 2017. 


 
“Quarto Mundo” será lançado, ao vivo, no dia 4 de fevereiro, na Sala Nelson Pereira dos Santos, em Niterói (RJ).

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