Espaço dedicado à música independente na programação da TV Brasil, o Reverbera recebeu na última semana o trio carioca Barba Ruiva. O episódio já está disponível na íntegra no YouTube.
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Além de destaques do disco de estreia, como “Sonho do Sonho”, “Praia” e “Portas abertas”, o Barba Ruiva mostrou ainda as inéditas “Tédio II” e “Marionete de Estimação”. Formado por Rafael Figueira (voz e guitarra), Leonardo de Castro (baixo) e Aline Vivas (bateria), o grupo apresentou sua sonoridade “indie bossa rock n’ roll”, explorando também influências do blues e da psicodelia que marcam presença no já elogiado trabalho, lançado neste segundo semestre pelo selo Caravela.
A sonoridade do Barba Ruiva foi construída após uma longa vivência de seus integrantes nos Estados Unidos, mas sem nunca abrir mão de suas raízes musicais. Foi a partir de 2005 que a banda se uniu, e o álbum é um retrato dessas últimos doze anos de composições, abrangendo uma variada gama de temáticas - tão urbanas e urgentes quando sua própria música. O Barba Ruiva agora segue em turnê com este trabalho e prepara outras novidades para 2018.
Misture o peso e a sujeira do punk rock tradicional aos fraseados melódicos e aos diversos instrumentos da música folk irlandesa e celta. As bandas Punching Namard e Tailten levam o melhor do Irish Punk para a festa Trevo Torto, na Lapa, Rio.
No próximo dia 20, sexta-feira, o guitarrista e compositor Marcelo Sant`Anna apresentará seu projeto inédito "Blauklang", no evento multicultural "Goma de Portas Abertas", no espaço de coworking Goma, na Gamboa, Rio. Com uma sonoridade que mistura programações eletrônicas a improvisos de guitarra, o conceito de "Blauklang" - que significa som azul em alemão - resume a influência de guitarra e blues (azul), com a sonoridade alemã "Krautrock", tão importante na história da música eletrônica mundial. Confira a entrevista que ele concedeu ao blog.
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CMIND: Há quanto tempo, onde e de que forma surgiu o seu projeto musical?
Marcelo Sant`Anna: Meu trabalho solo começou depois de eu ter passado por diversas bandas de rock e blues e da minha experiência participando de shows com diversos músicos conceituados daqui do Rio de Janeiro. Sou formado desde 1995 em guitarra e harmonia funcional, numa excelente escola de Copacabana, a Musiarte. Sempre busquei aplicar esse conhecimento teórico no rock e no blues, que sempre foram os estilos que eu mais me identifico. A partir de 2015, comecei a estudar os sintetizadores vintage e suas possibilidades. Passei a utilizá-los em trilhas que passei a compor para arte audiovisual. Então, foi um processo natural juntar os sintetizadores e a guitarra elétrica para, assim, surgir a sonoridade e todo o conceito deste meu novo trabalho.
CMIND: Notei que no som que você faz há um misto de música eletrônica e guitarra elétrica. Você grava tudo sozinho?
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Marcelo Sant`Anna:Sim, gravo. Como também sou multi-instrumentista e produtor musical, decidi, pela primeira vez, gravar tudo sozinho. Fui gostando da liberdade do processo e do resultado. Faço tudo assim, desde a gravação até a mixagem e a masterização.
CMIND: O que você ouve e o que de fato o influencia musicalmente?
Marcelo Sant`Anna: Acredito que tudo o que ouvi e ouço desde criança acaba me influenciando de alguma forma, desde Beatles até bossa nova, MPB e rock brasileiro. Enquanto estudava Harmonia Funcional, passei a ouvir, principalmente, muito jazz e fusion. Minha linguagem na guitarra sempre foi muito influenciada por guitarristas de blues, como Albert Collins, Buddy Guy e Eric Clapton. Claro que bandas de rock como Led Zeppelin, Black Sabbath, e Pink Floyd, assim como Jimi Hendrix e Jeff Beck também foram todos muito importantes na minha formação como guitarrista e compositor. Atualmente, tenho sido bastante influenciado por compositores de trilhas sonoras de cinema que vão desde Ennio Morricone e John Carpenter até Hans Zimmer e Trent Reznor, do Nine Inch Nails, artistas e bandas de música eletrônica e experimental como Kraftwerk, Cluster, Aphex Twin, Gary Numan, Depeche Mode e Arto Lindsay, além de compositores estruturalistas como Webern e Schönberg.
CMIND: Vocês chegou a tocar em algumas festas? Quais?
Marcelo Sant`Anna: Por conta do atual formato do meu trabalho, e pelo fato de eu tocar todos os instrumentos, ainda não encontrei uma forma possível e que me deixasse inteiramente satisfeito para apresentar estas últimas composições com o mínimo de fidelidade ao material gravado. Mas acredito que, assim que encontrar os músicos certos, elas entrarão nos próximos shows. Em relação às trilhas sonoras, que venho compondo e são parcerias com trabalhos de arte audiovisual, o foco é expor em espaços voltados para a arte, como foi no caso da trilha de ONOVODENOVO (vídeo abaixo), feita a convite da marca de acessórios upcycled Odyssee, que ficou, neste ano, exposto por mais de três meses no Oi Futuro Flamengo, aqui no Rio.
Oespaço de coworking Goma fica na Rua Senador Pompeu, 82-86, na Gamboa, Rio de Janeiro.
Com produção dos músicos Gilber T Chavon e Bruno Marcus, o single "Somente eu", de Andre Barroso & Banda, foi gravado, mixado e masterizado no estúdio Tomba Records, em Niterói (RJ). Apesar da pegada rock and roll, Barroso tem uma visão flexível da música, em toda sua diversidade.
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“Essa possibilidade de novidades constantes me agradava, mas o que ouço no momento é mais influente do que essa formação do passado. Hoje, estou ouvindo mais Alaíde Costa, Billy Blanco, Nara Leão, Tom, Tim Maia, assim como Rage Against Machine, Slayer, Kreator e Mothorhead” – enumera Barroso.
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Distribuído pelo selo Café Forte Música Digital/Sony, o trabalho está disponível no Spotify, Google Play, Deezer, e Itunes. Acompanhe também Andre Barroso & banda no Facebook, Instagram e no YouTube. Contato: contatoandrebarroso@gmail.com
O cantor e
compositor mineiro Gustavo Coimbra está lançando o álbum “Chuva de Novembro” nas
principais plataformas digitais. O artista - que começou a cantar aos 12 anos - vinha gravando covers que conhecia e alimentando a sua
paixão pela música, quando, num belo dia, aos 14, ganhou do avô – seu maior incentivador - o primeiro
violão. Hoje, ele acredita que cantar e compor foram as melhores escolhas da sua
vida.
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“Se eu tivesse
desistido, nunca teria conquistado o que conquistei até agora. Sinceramente,
é muito mais fácil desistir, permanecer numa zona de conforto, deixar
os sonhos pra lá, simplesmente porque é difícil realizá-los. Mas eu continuei. Só sei é que gosto de cantar; do som que o violão faz, da ideia de estar num palco, cantando, expondo todos os meus sentimentos ao público” – conta Gustavo.
Novo projeto do saxofonista Marcelo Cucco (Dedos em Som), o trio Psicotaxi`s - que conta também com a voz de Maria Steinbruck e a voz e guitarra de Bárbara Monnerat - vai se apresentar, no próximo dia 28, quinta-feira, na série ''Grandes Artistas'', na Casa de Baco, na Lapa, Rio.
Organizando saraus de poesia e música no bairro das Laranjeiras, no Rio, a banda faz releituras com arranjos próprios de temas clássicos de jazz, rock e MPB.
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"Estamos extremamente felizes com o convite da casa e vamos fazer jus, presentando-a com nossas canções autorais e covers" - conta Cucco.
A banda, que conta com 10 músicas autorais - a maioria da vocalista Maria Steinbruck, em parceria com o saxofonista - planeja a produção do seu álbum para 2018, junto a singles e videoclipes.
Serviço: Dia: 28 de Setembro de 2017 (quinta-feira) Horário: 21h (a casa abre às 20h) Local: CASA DE BACO - Rua da Lapa, 243 - Centro - Rio de Janeiro (próximo ao metrô Glória) Classificação: Livre
Após ter lançado o single e o clipe de "Sonho do Sonho", a banda carioca Barba Ruiva acaba de lançar o lyric video de "Just Fuck". Influenciada por um blues rasgado, a música é parte do próximo disco, previsto para sair do forno até o fim de 2017. Confira aqui a música do trio composto por Rafael Figueira, guitarra e voz; Leonardo Castro, baixo e voz; e Aline Vivas, bateria e voz.
Lançamento do disco vai contar com divulgação da agenda de shows nas redes sociais da banda
Resultado de vivências em diferentes lugares da América do Sul, "Pólen", novo álbum do grupo de música instrumental Dedos em Som estará disponível nas principais plataformas digitais em outubro deste ano. É o que revela o saxofonista Marcelo Cucco.
"Neste disco, misturamos vários estilos, com muitas improvisações. O repertório, desde o primeiro álbum, de 2015, faz de cada show um convite à uma viagem repleta de emoções e paisagens sonoras, despertando uma catarse poética, dançante e interessada nas atividades culturais exercidas pelos povos do planeta" - destaca o instrumentista.
Reforçando a tendência mistica da realização de cada trabalho e refletindo o comportamento e a pluralidade cultural da humanidade, além de Marcelo Cucco, a Dedos conta com os teclados e pianos de Tomás Gonzaga; a percussão de Martina Carvalho; a bateria de Gabriel Barbosa e o baixo de Alexandre Seabra.
Em tempos de crise, coletivos como o Free Art, que fazem um trabalho de inclusão social pela cultura, vêm passando por dificuldades de angariar patrocinadores. Nesta entrevista ao CMIND - Cena da Música Independente, o educador, curador e idealizador do projeto, Fagner Gabriel, detalha o que está acontecendo e denuncia o desmantelamento de todo o setor cultural do Brasil. Confira!
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CMIND: Qual a forma de financiamento Do Free Art?
Fagner
Gabriel: O
projeto desdobrado em evento busca patrocínio para desenvolvermos edições com
mais possibilidades. Queremos novos horizontes para o público e a equipe, além
do aprofundamento sobre o que é o próprio evento, ao trazermos mais
alternativas a artistas, técnicos de som, palestrantes, bandas e demais
envolvidos. Os
nossos projetos precisam ser a contrapartida profissional que
a cena cultural precisa. Pagar passagem e cachê seria o mínimo, já que, ao desenvolverem
trabalhos repletos de significado, a classe artística gasta muito tempo e dinheiro
produzindo e se deslocando. Não faz sentido deixar de buscar formatos de patrocínio e
possibilidades para que esta cena se desenvolva.
CMIND:
Desde quando você vem sentindo que caiu a arrecadação para produzir os eventos?
Fagner: Em 2016, depois do golpe midiático
e judiciário promovido por Michel Temer e os seus comparsas. Eles começaram a desenvolver
planos de um planejamento reducionista na área cultural, que teve início na
dissolução do Ministério da Cultura. Anteriormente, este mesmo grupo político incitou
a internet a acreditar na falácia de que os editais de fomento à cultura,
dentre elas a lei Rouanet, eram desenvolvidos apenas para artistas. Isto gerou
uma criminalização e o sensacionalismo velado por parte de alguns blogs, sites,
formadores de opinião e demais canais de comunicação, que diante destas
inverdades acabaram enfraquecendo o meio cultural diante da opinião pública.
CMIND: Ao que você atribui estas dificuldades?
Fagner: Estamos vivendo os
dissabores de um governo golpista. Tal qual Himmler (chefe da Gestapo Alemã), que tinha
ganas de empunhar armas quando chegava até ele a palavra “Cultura”, aos poucos,
estão desmantelando empresas do setor cultural, perseguindo, retirando
incentivos fiscais concedidos a projetos e eventos. Uma das últimas deste
desgoverno é a demissão de alguns antigos profissionais da rádio Roquete Pinto,
sem justificativas cabíveis para tal ato desprovido de caráter.
CMIND: Quando você os procura os patrocinadores, o
que eles alegam?
Fagner: Alegam que, por culpa da
crise, não estão conseguindo fazer circular o dinheiro, pagar seus
funcionários e desenvolver projetos. Não podem ajudar neste momento
terrível em que nos encontramos e torcem para que esta fase passe o mais
rapidamente possível, para, aí sim, podermos sentar com calma e pensar em
futuras parcerias e apoios.
CMIND: Se
as pessoas quiserem colaborar com o Free Art, como podem fazê-lo?
Fagner: Podem entrar em contato
diretamente comigo, pelo email freeartinfotmativo@gmail.com; Facebook "Fagner Gabriel" (podem me adicionar) ou contato
telefônico: (21)98742-1362 (OI e Whatsapp).
Misturar a música tradicional irlandesa, com seus diversos instrumentos e fraseados melódicos, ao peso e à “sujeira” do punk rock tradicional. Esta é a onda da banda de São Gonçalo (RJ), Punching Namard, cujas principais influências são ícones do irish e do celtic punk, como Flogging Molly e Dropkick Murphys, respectivamente. Formado por Alexandre “Manjuba”, voz; Thiago Xavier, violino e tin whistle; Sidney Santana, baixo; Leo Peccatu, bateria e bodhrán; Rafael “Morango”, guitarra e voz e Silas Mendes, banjo, bandolim, acordeon e voz, o sexteto está finalizando um novo disco, que tem previsão de lançamento ainda em 2017.
Capa do primeiro EP. Imagem: Divulgação.
Tudo começou em 2013, quando da reunião de amigos músicos que já haviam tocado juntos em outros projetos, mas resolveram seguir a sina de criar um som diferente de tudo o que muita gente da cena underground está acostumada. Homônimo, o primeiro EP, de 2015, já está disponível nas principais plataformas digitais e gerou repercussão nacional e internacional. As músicas tocaram em diversos programas das Rádios Cidade, Roquete Pinto, Rock (FM), Mutante Rádio, Planet Rock, entre outras. Na Espanha, os caras se tornaram a “banda do mês” de janeiro de 2015 do site ‘Celtic Folk Punk and More’:
"O EP figurou entre os melhores de Irish Punk do ano, sendo o único, brasileiro, citado na lista" - destaca o multi-instrumentista Silas Mendes.
No Brasil, a música “It Was Not What I Meant” foi indicada na categoria “Hit do Ano” do ‘Prêmio Gabriel Thomaz de Música Brasileira’ de 2016.
Quer conhecer um pouco mais do trabalho da Punching Namard? Acesse!
Nascido da necessidade de se apresentar novas possibilidades educacionais e culturais, o Free Art surgiu sob o signo da luta e da resistência popular. Rompendo paradigmas, o projeto - idealizado pelo produtor cultural Fagner Gabriel - vem, desde 2015, agitando a cena cultural independente do Rio de Janeiro. Tudo começou a partir do momento em que a professora Sandra Gueiros, de Santa Isabel, em São Gonçalo (RJ), perdeu todos os seus livros em decorrência das fortes chuvas que abalaram aquela cidade, em abril de 2015. O blog Cena da Música Independente (CMIND) resolveu conhecer de perto esta história. Confira! CIND: O que é o Free Art? Fagner Gabriel: O projeto nasceu da urgência de se mostrar novas possibilidades educacionais e culturais, apresentando soluções para a sociedade. Itinerante, ele desenvolve edições em diferentes lugares, apresentando novos contextos de atuação e buscando conscientizar as pessoas de alguma forma. A cada edição, apresentamos palestras sobre os mais diversos temas, shows de diferentes estilos musicais, exposições e poesia.
Fagner Gabriel. Foto: Facebook.
CMIND: Há quanto tempo você produz o Free Art, no Rio e na região metropolitana?
Fagner: Escrevi o projeto desdobrado em evento em 2013. À época, busquei alguns espaços e acabei não obtendo respostas positivas sobre fechamento de edições, fazendo com que, contra a minha vontade, ele ficasse adormecido por algum tempo. Em abril de 2015, o bairro Santa Isabel, em São Gonçalo, foi sacudido por fortes chuvas. Famílias inteiras perderam tudo - e uma reportagem no Jornal “Extra” mostrou uma foto da professora Sandra Gueiros, chorando por ter perdido todos os seus livros. Isto me deixou consternado e eu busquei ajuda, para que todos pudessem organizar mutirões ou algum show para ajudar. À época, uma conhecida comentou que me ajudaria, fazendo uma ponte com o espaço Metallica Pub, no Porto Novo, em São Gonçalo, para que pudéssemos fechar uma edição de algum evento. Convite feito, os donos aceitaram e marcaram a data para o dia 26 de abril daquele ano. Perguntaram-me sobre qual seria o nome do evento. Respondi imediatamente que já tinha um projeto escrito, ainda engavetado, denominado “Free Art”. Assim, acertamos a primeira edição, que teve apenas 11 dias para fecharmos a programação e realizarmos a divulgação nas redes sociais e com uma notinha no jornal. Conseguimos muitas doações. A maioria, de livros, doados a Sandra. Com isso, pudemos levar um pouco de alegria e possibilidades aos alunos da comunidade e alívio para a família dela. A partir daquele evento, comecei a realizar edições mensais, sempre com um contexto de conscientização e levando debatedores dos mais diferentes contextos de atuação para conversarem com o público na abertura de cada edição. Em 2016,organizamos duas edições no Rio. A de novembro, no Áudio Rebel, em Botafogo, e em dezembro no Motim 302, no Centro da cidade.
CMIND: Quais são os maiores obstáculos de se produzir música e cultura independente no Brasil?
Fagner: Um dos maiores obstáculos é a busca por patrocínios. Enviamos e-mails com propostas detalhadas e ricas em possibilidades, mas nem sempre ou quase nunca obtemos retorno. O Free Art busca patrocínios, pensando em crescer ainda mais, desenvolver novas parcerias para que, com isto, possamos pagar cachê às bandas e demais atrações participantes; além de realizar divulgações ainda mais ricas e pagar toda a equipe de apoio: fotógrafo, designer, produção e gravação. Com isso tudo, poderíamos criar um legado para a cena cultural Brasileira, agindo como pequenas guerrilhas em cada lugar; desenvolvendo múltiplos eixos norteadores que possam surgir a partir das conscientizações de cada edição.
Imagem: Divulgação.
CMIND: Quantos artistas da cena musical independente já foram beneficiados pelo Free Art?
Fagner: Antes de falarmos sobre bandas e músicos, devemos relatar e a história do jovem poeta Lucas Coutinho, que aos 18 anos recitou suas poesias pela primeira vez numa edição do Free Art. Ele disse, ao microfone, que o projeto salvou sua vida, já que passa por muitos conflitos em casa com os pais e estava começando a pensar num possível suicídio. Bailarina e professora, a cantora Bella Deolli participou de duas edições e, um ano depois, veio me agradecer por ter acreditado em seu potencial. Com a oportunidade que demos, ela começou a ser solicitada para diversas apresentações, em diferentes espaços.
No lançamento do CD Digital de Cacá Munista pelo selo Astronauta, a primeira edição do "3 X 1" aporta na sexta-feira (12), no Convés, em Niterói (RJ), com outros dois representantes da cena independente niteroiense: Claos Mózi Trio e a banda DKV. "O evento promete ser mais uma noite inesquecível no Convés: um dos espaços mais importantes do cenário musical de Niterói e um verdadeiro templo da música independente! Contamos com a presença de todos!" - destaca Cacá.
Serviço:
/// Claos Mózi Trio ::: Abertura com elegância /// Cacá Munista ::: Lançamento do CD Digital (Já em todas as plataformas - Spotify, Dezzer, Google Play, Itunes) /// DKV ::: Encerramento com chave de ouro
Unindo a boemia do samba com a energia do rock, o cantor e compositor Pedro Gama é uma das novas e promissoras vozes da música brasileira. Sua experiência nas noites cariocas o tornou um morador da boemia. Isso se reflete nas canções do seu EP de estreia em carreira solo, “Condôminos”, que traz músicas influenciadas pelo rock e o samba de raiz, com letras sinceras e cotidianas. Ao ouvir as composições de Gama, é como se a batucada e a distorção saíssem para dançar na noite e encontrassem a psicodelia e o erudito.
O trabalho de estreia do projeto solo de Pedro Gama aborda o glamour e a paradoxal decadência da vida boêmia, onde o autor busca demonstrar suas emoções com um som forte que decanta seus impulsos mais intensos sobre as perturbações do mundo. O EP “Condôminos” é a coletânea de músicas surgidas em meio a encontros no bar Imperatriz, embaixo do poste com numeração 15 (daí o nome da segunda faixa do disco, a "Poste XV"), ou em aulas de Sociologia e Ciência Política (é o caso da canção “Espelho”), como também canções antigas, (“Retratos de um Condômino da Boemia”) que ajudaram a nomear o trabalho:
“A música já existia antes de pensar no nome do EP, mas ele só fez sentido quando minha companheira me falou do seu tema no mestrado, que era, em suma, condomínios. Aí para mim fez sentido o ‘condômino’ da boemia ser aquele que habita os espaços tidos como boêmios”, explica Pedro Gama.
As influências de Pedro Gama vêm de grandes clássicos do samba carioca, como Candeia, sem deixar de lado a identificação com a MPB de Sérgio Sampaio e Jards Macalé, o tropicalismo e a psicodelia brasileira dos anos 70. A vida livre que o levou à música, também trilhou o caminho que o encaminhou para apresentar-se em importantes palcos, como o show no Centro da Música Carioca Artur da Távola; a apresentação no Canecão e no MinC, durante a ocupação; e apresentação na Lona Cultural João Bosco.
Produzido de forma independente, o EP traz direção musical de Fafá Oliveira, com gravação, mixagem e masterização por Bruno Sanson (do Sanson Studio). Pedro Gama (voz e saxofone) é acompanhado nas apresentações ao vivo por Fafá Oliveira (baixo), Arthur Moreno (percussão), Gabriel Diniz (guitarra) e Paulo Cioli (violão).