Felipe Lemos, ao pandeiro, nas barcas. Foto: Facebook |
Incentivado por um amigo argentino que tocava
nos vagões de Buenos Aires, o percussionista e artista de rua, Felipe Lemos,
começou a fazer música nos metrôs do Rio de Janeiro em 2009. Desde então, muita
coisa se passou e outros artistas começaram a fazer – como ele - som sob os trilhos
cariocas. No objetivo de organizá-los, em parceria com seus companheiros iniciou o Coletivo AME - Artistas Metroviários, para abordar temas do dia a
dia, debatendo a sociedade e compartilhando musicalidades diárias.
“Através de nossas intervenções, buscamos não
apenas agradar, mas educar, com a nossa forma de enxergar a sociedade. Como o
nome mesmo diz, somos um coletivo. Nos reunimos semanalmente para tratar de assuntos
do dia a dia no metrô. Este coletivo também possui representantes para dar voz
a nossos anseios” – explica Lemos, que toca na Alforria Duo, no Mambembes, e
sozinho, com seu pandeiro, nos vagões do Rio.
Mantendo contato com coletivos como o Tá na Rua,
que é representado pelo agente cultural Amir Haddad, Felipe Lemos é engajado na
causa dos artistas de rua, tendo participado, na Alerj (Assembleia Legislativa
do Estado do Rio de Janeiro), de diversas audiências públicas relacionadas ao
tema:
“Vivo de arte de rua, mesmo sendo considerado
um dos melhores pandeiristas da atualidade. Não o faço apenas por necessidade,
e sim por acreditar no propósito de levar a música a quem menos tem acesso. É uma
saída, mesmo que em doses homeopáticas, de saúde mental pública. A intervenção
dentro dos vagões é muito importante, porque a grande maioria das pessoas que
não possuem condições de ter acesso à cultura sequer têm tempo para acessá-la”.
Conheça o trabalho do percussionista e artista
de rua Felipe Lemos:
Alforria
Duo
https://www.facebook.com/ mambembes/?fref=ts
Coletivo AME
Coletivo AME