terça-feira, 6 de setembro de 2022

Lucas Vasconcelos e Mauro Santa Cecília lançam clipe de "Minha Flor"

  Música integra EP colaborativo dos artistas

Apesar de ser mais conhecido pelo trabalho com o Barão Vermelho e Frejat, o poeta e compositor Mauro Santa Cecília gosta de se arriscar em outras aventuras musicais. Para isso, juntou-se ao também compositor Lucas Vasconcelos - Letuce e Legião Urbana -, para lançar o EP "Lucas Vasconcelos e Mauro Santa Cecília", cuja pegada, de voz e violão, revela traços românticos, numa linguagem musical que traduz semelhanças e diferenças com os trabalhos anteriores de ambos. 

 

 

Foto: Eva Maria

 

Para Lucas, há algo de eterno no formato, já que esse aspecto é bem marcante e explorado nos projetos dos quais os dois fazem parte. "Canções serão sempre canções. E isso ainda me emociona muito. Acho que o arranjo acabou por quebrar um pouco isso e dar uma cor de trilha sonora, paisagem. Tem um movimento ali, que converge para esse olhar mais subjetivo, menos refém de um andamento" - ilustra.

 

Foto: Eva Maria

 

"Minha Flor" é o primeiro clipe da dupla, que, sob o olhar da diretora Marina Zabenzi, ganha uma perspectiva diferente e transformadora, ao traduzir a delicadeza da letra em imagens em preto e branco. Ela é a responsável por toda a concepção do vídeo; além da pesquisa de imagens, montagem e cor.

Mauro conheceu o trabalho de Marina através de um vídeo que ela fez para a Vogue Portugal. Foi ali que ele identificou "um olhar poético, elegante", e achou que combinaria com a canção. "O resultado foi o melhor possível. O elo entre o amor e as forças da natureza faz todo o sentido para mim, que hoje moro no meio do mato. Nada foi previamente combinado. Como disse meu parceiro Lucas Zabenzi, ela fez um pequeno/imenso filme lindo" - destaca. 

 


 

Mauro e Lucas

Vencedor do Prêmio Stanislaw Ponte Preta e autor de oito livros, entre poemas e romances, Mauro Santa Cecília tem músicas gravadas por nomes como Barão Vermelho, Frejat, Hyldon, Blues Etílicos, Picassos Falsos e Sideral. Em 2014, gravou o disco autoral “Vou à Vila”, com versões de alguns dos seus sucessos e inéditas. Lançou, em 2019, o álbum de samba “Hoje o dia raiou mais cedo”, com Agenor de Oliveira e Rogério Batalha, além das participações especiais de Ney Matogrosso, Nelson Sargento, Moacyr Luz e Frejat. Nos últimos tempos, tem composto com músicos diversos, como Henrique Portugal, Sergio Serra, André Abujamra, Humberto Effe, Mauricio Barros, Milton Guedes e o parceiro mais constante, Frejat. Além disso, está escrevendo a biografia do ex-ator e ativista canábico Ricardo Petraglia


Já Lucas Vasconcellos fundou, nos anos 2000, a banda Binario (2000-2008), com quem lançou quatro álbuns. De 2008 a 2016, se dedicou ao Letuce, resultando em três discos: “Plano de Fuga pra Cima dos Outros e de Mim” (2009), “Manja Perene” (2015) e “Estilhaça” (2016). Nessas duas décadas de música, trabalhou ao lado de artistas renomados, como Dado Villa-Lobos, Rodrigo Amarante, Lucas Santtana, Marcelo Jeneci, Tiê, Alice Caymmi, entre outros. Compôs trilhas para cinema e TV, culminando no prêmio de Melhor Trilha Sonora Original no Festival de Gramado para o longa-metragem “Riscado” (2011). Mas foi ainda em 2014 que Lucas começou a lançar seus trabalhos solo. Vieram então os discos “Falo de Coração” (2014), “Adotar Cachorros” (2015), “Silenciosamente” (2016) e “Teoria da Terra Plena” (2021). 

 





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