sábado, 29 de julho de 2017

Free Art busca patrocínio para futuras edições



Em tempos de crise, coletivos como o Free Art, que fazem um trabalho de inclusão social pela cultura, vêm passando por dificuldades de angariar patrocinadores. Nesta entrevista ao CMIND - Cena da Música Independente, o educador, curador e idealizador do projeto, Fagner Gabriel, detalha o que está acontecendo e denuncia o desmantelamento de todo o setor cultural do Brasil. Confira!



Foto: Divulgação


CMIND: Qual a forma de financiamento Do Free Art?

Fagner Gabriel: O projeto desdobrado em evento busca patrocínio para desenvolvermos edições com mais possibilidades. Queremos novos horizontes para o público e a equipe, além do aprofundamento sobre o que é o próprio evento, ao trazermos mais alternativas a artistas, técnicos de som, palestrantes, bandas e demais envolvidos. Os nossos projetos precisam ser a contrapartida profissional que a cena cultural precisa. Pagar passagem e cachê seria o mínimo, já que, ao desenvolverem trabalhos repletos de significado, a classe artística gasta muito tempo e dinheiro produzindo e se deslocando. Não faz sentido deixar de buscar formatos de patrocínio e possibilidades para que esta cena se desenvolva.


CMIND: Desde quando você vem sentindo que caiu a arrecadação para produzir os eventos?

Fagner: Em 2016, depois do golpe midiático e judiciário promovido por Michel Temer e os seus comparsas. Eles começaram a desenvolver planos de um planejamento reducionista na área cultural, que teve início na dissolução do Ministério da Cultura. Anteriormente, este mesmo grupo político incitou a internet a acreditar na falácia de que os editais de fomento à cultura, dentre elas a lei Rouanet, eram desenvolvidos apenas para artistas. Isto gerou uma criminalização e o sensacionalismo velado por parte de alguns blogs, sites, formadores de opinião e demais canais de comunicação, que diante destas inverdades acabaram enfraquecendo o meio cultural diante da opinião pública.

CMIND: Ao que você atribui estas dificuldades?
Fagner: Estamos vivendo os dissabores de um governo golpista. Tal qual Himmler (chefe da Gestapo Alemã), que tinha ganas de empunhar armas quando chegava até ele a palavra “Cultura”, aos poucos, estão desmantelando empresas do setor cultural, perseguindo, retirando incentivos fiscais concedidos a projetos e eventos. Uma das últimas deste desgoverno é a demissão de alguns antigos profissionais da rádio Roquete Pinto, sem justificativas cabíveis para tal ato desprovido de caráter.

CMIND: Quando você os procura os patrocinadores, o que eles alegam?
Fagner: Alegam que, por culpa da crise, não estão conseguindo fazer circular o dinheiro, pagar seus funcionários e desenvolver projetos. Não podem ajudar neste momento terrível em que nos encontramos e torcem para que esta fase passe o mais rapidamente possível, para, aí sim, podermos sentar com calma e pensar em futuras parcerias e apoios.

CMIND: Se as pessoas quiserem colaborar com o Free Art, como podem fazê-lo?
Fagner: Podem entrar em contato diretamente comigo, pelo email freeartinfotmativo@gmail.comFacebook "Fagner Gabriel" (podem me adicionar) ou contato telefônico: (21)98742-1362 (OI e Whatsapp). 

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