terça-feira, 2 de agosto de 2022

Juliana Calderón transborda potência e diversidade no clipe e single de "Leoa Tectônica"

Foto: divulgação



Encarnar diversos arquétipos, criar experiências míticas e dialogar com o imaginário. No clipe de “Leoa Tectônica”, a cantora e atriz Juliana Calderón nos lembra que vida também é sonho e que, afinal, sonhar é um ato político. Ela imprime, no vídeo, uma sincronia perfeita entre a performance teatral e musical, remetendo o telespectador e ouvinte a uma memória afetiva que é grande referência da artista: Ney Matogrosso e Secos e Molhados.



Ney Matogrosso com Secos e Molhados. Foto: Jornal Correio


 

“O Ney seguiu um caminho muito próprio, que inspirou toda uma geração a se reinventar, a se libertar. Uma vez, vi uma entrevista dele em que dizia o quanto, na intimidade, era diferente daquela figura performática, para fora, que encarnava nos shows da banda. Como naquela época em que os Secos e Molhados despontou, estamos precisando urgentemente sonhar, para resistir e transgredir” - destaca.





 

Feliz por estar produzindo, movimentando-se e lançando um novo trabalho – o que “não foi nem é fácil” -, na letra do single e clipe de “Leoa Tectônica” Calderón nos lembra que, mesmo no cimento, há uma força ancestral que nunca cessa de mover suas placas tectônicas: ela gira, segue o seu próprio caminho. Para a cantora, esse “cimento” simboliza tudo o que tenta impedir a vida de fluir, de se transformar, de estar em sua própria natureza – “que é movimento, impermanência e autenticidade”.

 

“O Brasil vive um momento em que parte da população está acreditando em um líder que prega que a solução é menos diversidade, menos cultura, mais separação, mais armas, mais obediência, mais passado, mais cimento. Mas a vida transborda pelas frestas; o concreto acaba sempre vencido pela força da floresta. Essa canção é uma oração para que, como a Terra, a gente continue girando e transmutando, em direção à liberdade de sermos quem somos, em toda a nossa pluralidade” – compara a atriz.


Imagem: divulgação


 

O novo trabalho de Juliana contempla uma diversidade rítmica importante. Mas essa pluralidade, na opinião da artista, passa por diferentes processos, para que de fato seja contemplada pelo grande público. Isso porque, primeiramente, há o fato de fazer com que a música chegue às pessoas – “o que já é um baita desafio para o artista independente”. Depois, as pessoas precisam se conectar com a obra.

 

““Leoa Tectônica” não é uma música que se dança gostosinho do começo ao fim. Mas eu torço para que parte dos ouvintes brasileiros esteja aberta a um pouquinho de contraste e contradição, e possa se reconhecer nessa diversidade também” – almeja a artista.


Acompanhe Juliana Calderón:

Instagram: https://www.instagram.com/ju.calderon/ 

Youtube: https://youtube.com/jucaldera 

TikTok: https://www.tiktok.com/@ju.calderon 

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