domingo, 4 de setembro de 2022

"Sessão Lindeza": Janu Leite apresenta essência nordestina, com sonoridade repleta de influências universais

 Vídeo de canções inéditas contou com apoio da Lei Aldir Blanc


Foto: Iago Caíque


Em “Sessão Lindeza”, Janu Leite apresenta um show gravado ao vivo, em estúdio, repleto de músicas autorais, inéditas, que lhe renderam destaque em Alagoas e no restante do país. Com uma estética do som brega nordestino e do xaxado, a música de Janu bebe muito, também, do semba angolano e do merengue caribenho.





Banda composta de músicos que tocam suas raízes, instintivamente, os integrantes também fazem muitas pesquisas musicais. Janu, em particular, adora desbravar vídeos no Youtube, de diferentes estilos. Para o artista, o “brega” carrega duas vertentes: a música dita “cafona” e a que é “tocada nos populares puteiros do interior”, que, assim como os ritmos angolanos e caribenhos, fazem parte da trilha sonora do terceiro mundo:


Divulgação

“E, até meados do século XX, o Nordeste meio que tinha essa aura de terceiro mundo do Brasil - sabemos que culturalmente não, né? Mas aí já é um debate bem amplo”.

 

“Sessão Lindeza” contou com o apoio da Lei Aldir Blanc, fundamental para a realização do trabalho. Na opinião de Janu, infelizmente foi preciso uma pandemia para acontecer algo que “nunca na história desse país” havia ocorrido: o dinheiro chegar na ponta da cultura. De fato, o setor cultural parou e sofreu por mais de dois anos. Deputados e senadores, sensibilizados com a classe – que sempre sofreu e precisou de estímulos – elaborou a lei, muitas vezes em parceria com a sociedade civil organizada, encaminhando-a para o governo federal, que a vetou. O Congresso derrubou o veto:

 

“Hoje, é relativamente acessível criar um refrão fácil, uma dancinha no TikTok, pegar a fórmula do pop rock sertanejo com voz anasalada ou surfar na onda de um meme. Existem várias fórmulas disponíveis para fazer umhit. Mas existem os que ainda – vários - percorrem o caminho da contramão, como motor para a sua arte. A política pública é a engrenagem necessária para essas manifestações terem mais força - e continuar acontecendo. A lei Aldir Blanc chegou nos mestres, nos povos tradicionais, nos espaços culturais, nos terreiros e, claro, na música independente, de forma ampla e democrática”.


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